2023 – 2024

COMUNHÃO, MISSÃO E PARTICIPAÇÃO

«Se compreendeis isto, felizes sereis se o fizerdes» (Jo. 13,17)

Introdução

O concílio Vaticano II abriu e fortaleceu a Igreja na sua perspetiva de povo de Deus, onde todos são chamados a caminhar e participar, animados pelo Espírito Santo. Desde então, paulatinamente, a Igreja tem vindo a criar e a incentivar formas de comunhão e de participação de modo que todos nos sintamos parte necessária e permanente da sua construção.

Na continuidade da prática de anos anteriores, desde outubro de 2021 que o Papa Francisco convocou e colocou toda a Igreja em Sínodo, mas, desta vez, iniciando a consulta ao Povo de Deus pelas igrejas locais de todo o mundo. Deste modo, o Papa Francisco, de forma inusitada, chama todos a entrar nesta caminhada de construção e renovação, mesmo aqueles que ainda não se reconhecem como membros da Igreja.

A nossa Diocese de Beja realizou um Sínodo entre 2012 e 2016 com o objetivo de «fomentar a vida cristã e religiosa da diocese, estimular o zelo pastoral dos sacerdotes e promover a corresponsabilidade e a santidade de todos os fiéis». Agora, deseja o nosso Bispo que revisitemos os documentos previamente elaborados e depois refletidos pelos grupos sinodais, as conclusões das assembleias e, sobretudo, o documento final designado «Constituição Sinodal.

Na sequência desta intenção do nosso Bispo, elaborou-se um Programa Pastoral simples mas objetivo que, para além das atividades inerentes ao normal funcionamento das comunidades e à especificidade de cada situação, permita a cada paróquia, serviço ou movimento, entrar num dinamismo pastoral de renovação e aprofundamento da vida cristã, em processo verdadeiramente sinodal, que dê à Igreja diocesana fundamentada esperança de revitalização.

OBJETIVO GERAL

Promover a comunhão, a missão e a participação em todas as instâncias da vida diocesana.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Iniciar o lançamento do projeto que pressupõe a ativação do Centro de Estudos para a formação de Agentes da Pastoral/Escola de Ministérios.

2. Constituir grupos de trabalho paroquiais e/ou interparoquiais, dos serviços e dos movimentos, sobre os capítulos IV e V da Constituição Sinodal, extraindo conclusões que conduzam à revisão das práticas pastorais.

3. Ter a humildade de devolver sempre à comunidade a organização de todas e cada uma das atividades a realizar ao longo ano, incentivando e promovendo o compromisso de cada um e de todos.

4. Escutar, integrar e respeitar o contributo das pessoas da comunidade e outras na realização dos diversos serviços e atividades propostos e aceites.

5. Criar processos dinâmicos de comunhão que permitam o encontro e a natural criação de relações de proximidade entre aqueles que têm alguma afinidade de serviços na comunidade e para além dela.

6. Envolver e responsabilizar na celebração dos atos litúrgicos, em particular na celebração da eucaristia, o maior número de pessoas, dotando-as de uma preparação que lhes permita progredir na compreensão e na execução das tarefas. 

7. Organizar processos dinâmicos de formação nas diversas áreas da vida das comunidades, dos serviços e movimentos, tendo sempre em consideração as necessidades e as possibilidades de cada situação. 

8. Suscitar nas comunidades o compromisso missionário, organizando formas de levar aos aglomerados populacionais dispersos de cada paróquia a Palavra de Deus nas suas mais diversas formas.

9. Dar continuidade às dinâmicas da Jornada Mundial da Juventude para lançar programas de trabalho de jovens e pastoral vocacional.
10. Integrar e valorizar as múltiplas formas de religiosidade e cultura popular na vida das comunidades cristãs.

11. Acolher os migrantes, ir até eles, integrá-los na vida da comunidade, criando momentos de encontro e valorizando o seu contributo específico em tudo onde eles sejam mais-valia.

12. Criar e/ou reorganizar e fortalecer as equipas paroquiais do serviço da caridade, recorrendo a processos simples de conhecer quem precisa e como responder às necessidades no interior da comunidade.


NOTAS: 

1. A diocese, as paróquias, os serviços e movimentos deverão reunir e designar as atividades que irão desenvolver para atingir cada objetivo onde se situam. Esse enunciado e datas, se as houver, devem ser enviados para o SCAP … até ao próximo dia 27 de julho, para as integrar no programa a distribuir no Dia Diocesano.

2. Existem datas, nas quais não devem ser marcadas outras atividades em simultâneo, devendo-se dar a primazia, quer às atividades Diocesanas, quer às Paroquiais: Exemplos: Semana Santa, Tríduo e Solenidade do Corpo de Deus (Beja), Festa dos Passos, 24 horas para O Senhor, datas das Ações de Formação Diocesanas (Liturgia), etc.

3. As comunidades paroquiais só poderão completar o programa quando este lhes for distribuído no Dia Diocesano, 23 de setembro e esse será o seu programa próprio.

4. A execução do programa será avaliada nas reuniões arciprestais do mês de fevereiro ou março. Essa será uma boa ocasião para ver se alguma coisa deve ser alterada. Nesta reunião de avaliação deverão estar, além dos párocos os responsáveis dos serviços e movimentos.